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segunda-feira, maio 04, 2009

Escuto


Escuto sem margens a melodia do rio.

Na noite existe um canto líquido

sementes que ardem nas línguas dos rouxinóis.

Sorvo essa polpa essa enxurrada de valsas

e atravesso a ponte.



Um calor primitivo roça a madrugada:

És tu o sol que me nasce entre as pernas.





Catarina Nunes de Almeida




3 comentários:

Anónimo disse...

A sensualidade na ponta dos versos.
E que versos!

Bjs,
Ivy

João C. Santos disse...

"o sol que me nasce entre as pernas"

nem mais,

para além da ponta dos dedos..

João C. Santos disse...

Olá,
permite-me que use o teu espaço para apresentar o meu primeiro livro, «Ausência de mim», editado no dia 24 de Abril pela EdiumEditores .
Obrigado.