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sábado, dezembro 02, 2006

nada resta...





cantam as paisagens
no filtrar do dia,
entre olhares rápidos do espelho,
de alguém com hipótese de trabalho

a mota contorna rotundas sobre rotundas,
no mundo da cidade inteligente,

o homem num aspecto incorrupto
acelera, sem recordar os limites

tudo parece ser igual dentro de cada um
a luz, , a sombra, o dia
onde se bebem sentimentos

tudo parece ser ali
após um dia, onde a bebida e os cigarros
fizeram parte da noite mal dormida
e sentimentos esfregados um a um

as horas prolongam-se
no pensamento viajante
onde a ressaca ainda é dor

já nada resta,
nem a paixão que lhe fez tocar um rosto


l.maltez