a árvore abriu-te os braços e eu despi-te
o verde como se eu fosse a mão do outono
e dei-te o suco branco da inquietude
e o amor como palavra fome
deixa que o verbo rebente
como tu dentro do eu
língua de terra gramática de onda
nascemos da espuma de uma frase
Pedro Sena-Lino
2 comentários:
Extraordinária esta mescla de sensações e palavras!
beijinho
"e dei-te o suco branco da inquietude
e o amor como palavra fome"
É impressioannte como os poetas têm o dom de enfeitiçar-nos com os seus jogos de palavras.
Maravilhoso!
Beijos,
Ivy
p.s. fiquei feliz com a sua volta.
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