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domingo, outubro 12, 2008





a árvore abriu-te os braços e eu despi-te

o verde como se eu fosse a mão do outono

e dei-te o suco branco da inquietude

e o amor como palavra fome



deixa que o verbo rebente

como tu dentro do eu

língua de terra gramática de onda

nascemos da espuma de uma frase




Pedro Sena-Lino





2 comentários:

Cris disse...

Extraordinária esta mescla de sensações e palavras!

beijinho

Anónimo disse...

"e dei-te o suco branco da inquietude
e o amor como palavra fome"

É impressioannte como os poetas têm o dom de enfeitiçar-nos com os seus jogos de palavras.

Maravilhoso!

Beijos,
Ivy

p.s. fiquei feliz com a sua volta.