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terça-feira, abril 01, 2008

Não colher as mãos





















não colher as mãos, alimentar os objectos.

tocá-los devagar, deixando o fio correr desde

o ar até à ponta dessa sombra onde repusa

o mundo. tenho a certeza de que algo se

mexe no silêncio. olho uma vez. olho uma vez.

sei que falas com as coisas. que tens um pacto

com as rãs, outros pequenos animais, certos verdes

hereditários gestos. que nem que quisesses me

poderias contar. e sei de tudo limpo e é para ti que

inclino as mãos quando percorro as cidades e as

esqueço. esta pequena saudade é uma floresta

de silêncios. sou capaz de adormecer sobre o fogo.






Rui Costa

7 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

vim. colher.Te.


levo o silêncio.


doce.



deixo um beijo.


simples.

vieira calado disse...

Um belo poema, sim senhor!
Obrigado pela visita ao meu blog.

Anónimo disse...

eu não és com certeza

deixo o link que o prova - o meu novo blog de poesia

se tu fores eu, então estamos feitos - é tipo o tyler durden

estás linkado

Unknown disse...

Não é de poesia... mas gostava que aparecessem..


A Editora Contra Margem e o autor convidam-no a estar presente no lançamento do livro
- Como matei o Ministro – do jornalista Carlos J. Barros. A obra vai ser apresentada por Paulino Coelho, no dia 12 de Abril (sábado) pelas 17 horas, na Lisbon AD School,Rua Dr. Nicolau de Bettencourt nº 45A, 1050 - 078 Lisboa. ( Frente ao centro de Arte Moderna – CAM – Gulbenkian)

abraço

Å®t Øf £övë disse...

Lena,
São mãos que falam essas...
Bjs.

bsh disse...

Belissimo.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

Parapeito disse...

...E quando são florestas de silêncios...devemos acordá-las??

Gostei :)