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segunda-feira, outubro 15, 2007

Guarda-me...

Guarda-me enquanto trago na pele a volubilidade do sangue e,
da divindade irrepetível,
destilamos instantes na salina húmida dos gestos.

(São da morte o pensamento ponderado,
a dança cautelosa e anunciada,
a medição meticulosa das horas.)

Guarda-me agora:
- também os vasos bebem a resina dos pinheiros
e o sol cai a pique sobre o dia, como se voasse.


© Ana Alves

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