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domingo, fevereiro 26, 2006

Saudade

Acende-se no peito um fogo imenso
Flutua ao desvario, o meu desejo
(Qual chama viva de um ardor intenso
Buscando em tua boca um doce beijo)

Um carinho... uma ternura... o ensejo
De te sentir... de te poder amar!
Porque as horas porque passo e te não vejo
São as mais longas e difíceis de passar...

Mas a alegria de ver-te... num momento...
Apagará todo este sofrimento,
Toda esta sede... (o coração mo diz)

E antes que em teus braços venha o sono,
Meu corpo será teu... em abandono...
E tu em mim... te sentirás feliz!


Maria Manuela Mendonça
In- Poesia no ar

5 comentários:

Luis Capucho disse...

Olá sou o Luís Capucho, trabalho em Nutricêutica e estou a tentar divulgar o meu blog, sejam bem-vindos.

Lu Soares disse...

Olá, sou a lu, não trabalho em Nutricêutica ( quase dei um nó agora...na lingua quero dizer )e vim espreitar o teu blog....portanto...,devo dizer qe está a dar resultado a divulgação do blog ;)!!!
Ok, agora mais a sério....Sou mesmo a Lu,e gosto muito de poesia,numa dessas minha viagens neste mundo dos blogs....vim cá parar, e gostei do que vi!
Agora como jão são horitas de dormir( sim pk amanhã, trabalha-se...)prometo voltar com mais tempo e "escrafrinchar" bem este teu blog!
FIca bem e até amanhã!
Um abraço,lu.

RX disse...

Com a tua permissão...

Trapo

O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...

O dia deu em chuvoso.
Álvaro de Campos

Unknown disse...

eu tenho saudade de ser saudavel...

Anónimo disse...

essa é casada com o jose tolentino de mendonça não é?