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quarta-feira, dezembro 19, 2007

Quase Tudo



Claude Monet - Garden in Giverny

Este adeus à tarde sem me cumprir no dia,
este instante em que tento redimir
este vício de não saber partir...
Bastava fechar os olhos à memória
e perseguir a noite. Imensa.
Quase nada. Quase tudo.
E no entanto, se um gesto não se dobra,
se uma palavra tarda,
desfaz-se o último vestígio da paisagem.


Aurora Simões de Matos
In Uma palavra

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