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quinta-feira, outubro 11, 2007

Repouso




Devias ter um nome, para que to pudesse
dizer ao ouvido, quando acordasses, e o azul
da manhã te limpasse do rosto a sua cor
nocturna. Veria a luz passar por
sobre os teus cabelos, e falar-te-ia das ilhas
que nos esperam, num oceano sem nome;
e dar-me-ias a tua mão, num instante longo
como a eternidade, enquanto procuro
o teu nome para te chamar, e ouvir-te
dizer-me que acordaste para o dia
sem fim que tem o teu nome.


NUNO JÚDICE

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