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segunda-feira, abril 17, 2006

Aleluia !

Como de um gesto
esboçado só pelo olhar
a chama de um círio
agita-se cá por dentro.
Em sincronia, algures
pela garganta de vidro
do meu tempo,
escorre um instante
com a cintilação
de um sentimento feliz.
De facto, a chama íntima
arde ainda
como uma vitória
arde... celebração
arde... solidária
do fogo vivo
de novo reinventado
pelo melhor sentido
da vida:
a esperança.
E a chama agita-se,
parece bailar
aprimorando em mim
o sorriso
para o melhor
dos Domingos...
parece bailar
avivando uma ideia doce
num nicho enfeitado
da minha memória
... bailar enquanto
a ponta dos meus dedos
trazem-me aos lábios
uma amêndoa que ensinou
o azul celeste
à algibeira obscura
de um casaco.
Nisto decorrem
um punhado de passos
do nosso caminho
e floresce outra Páscoa
enfeitada de primavera.
Aleluia!

________________LuMe
(Luis Melo)

3 comentários:

De Amor e de Terra disse...

Olá!
Esta Aleluia, é também um LuMe "que arde sem se ver" no calor salgado das saudades...
Gostei muito deste poema.
Um abraço da

Maria Mamede

Anónimo disse...

hoje precisava de te ler

e repito contigo Aleluia!


até um dia, há sempre um dia certamente...


a vida prega-nos muitas partidas. esta é mais uma, só mais uma...

Anónimo disse...

Muito bonito gostei bastante. bj tibeu