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segunda-feira, janeiro 23, 2006

desilusão...



a desilusão entrou
na porta trancada

a duplicidade irrompeu,
entrou pela noite
inóspita de palavras brancas

escapou a saudade
dos pedaços de uma aventura
caídos de um corpo

o mar, chegou até mim
num silêncio impenetrável
e reconheci-te na sombra,
ao anoitecer

murmúrios envolventes
de promessas e desejos
um amo-te!
dito a cada instante
em horas somadas, perdidas
de noites seguidas

a desilusão entrou
e abriu a porta...


l.maltez

3 comentários:

Anónimo disse...

Por muito que nefasta
essa desilusão chega
abrindo a porta
a uma lufada de versos
e esses fazem juz à poesia
e ao brilho das almas
que lhe tecem o céu.
[]
__________________Grafite

lena disse...

gelada
em silêncio
cruza caminhos
e obstinada,
a desilusão
envolve um corpo
nas sombras
e o triste luar
cai sem graça

um brilho especial Grafite, nesse azul céu, onde a poesia consegue entrar, sem precisar de uma porta aberta
[]

Anónimo disse...

Um Poema triste comovente :( Que a porta fique aberta para logo logo a desilusão se ir embora :) Um beijo para ti :)