Tenho tudo por dizer e gasto palavras
para lá chegar. Não sei se me afasto
ou se chego perto. Se alguma vez rocei
a pele do essencial. E pergunto-me sempre
para quê estas palavras que me teimam.
O passado não é o que está feito,
mas o que palavra alguma fará de novo.
Por isso leio sempre no futuro, mas não sei
para que lado do tempo escrevo. E se soubesse
que arrasto as letras como um caranguejo
diria que só tenho esta mão de palavras.
Soletro os dias em cada coisa que me olhar
quando me sinto a vê-la. É tudo.
E não há desculpas para o que faço.
Rosa Alice Branco
terça-feira, dezembro 13, 2005
Soletrar o dia
Publicada por
Gil Von Doellinger
à(s)
11:04
Etiquetas: Rosa Alice Branco
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