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quarta-feira, novembro 30, 2005

Questões

Por onde andamos,
se é que isso interessa?
Por onde seguem
estes nossos passos?
De onde nos trouxe a ironia
dos descompassos?
Não chegam respostas
e quem paga é pobre,
é a alma que tem olhos
mas nunca terá barriga.
Da regularidade destes factos
o poema a prescrever
como um fardo bissexto
que, fatalmente, se arreia;
...uma carga que, por fim,
se depõem no chão
muito despretensiosamente.
E, no entanto,
o espantoso de tudo o mais
está nos olhos de quem lê
a razão inarrável
mesmo em desespero
mesmo na insaciabilidade
que havia de ser
o pedaço de tempo
entre a alma e o fim.

Luis Melo

4 comentários:

Que Bem Cheira A Maresia disse...

Vim pela mão do blog "Cabana de Palavras" e gostei muito deste espaço.

Agora quero dizer que, se esse jantar que vi ali ao lado anunciado for no Porto ou em Bora Bora, estou lá tb ;)

Beijokas da Mar Revolto

Gil Von Doellinger disse...

Aromas do mar, é com pesar que te digo q o jantar é em Lisboa. Claro que contamos ctg. Espero que possas.

lena disse...

amei ver-te aqui Lina
e neste poema que para mim é excelente
fico sem palavras para o comentar
um beijo do tamanho do mundo para ti Lina

e parabéns a Luis Melo

lena

Luis Melo disse...

Agradeço os comments muito sinceramente. Só não entendi (por parte da Lena) quem é ou onde consta a Lina.