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segunda-feira, outubro 31, 2005

Para um amigo...

Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e ternura lenta.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.


António Ramos Rosa

2 comentários:

Anónimo disse...

Lindo poema! Amei!
fica um beijo meu

Anónimo disse...

Quase se apalpa a ternura. Gostei muito. :)